A Globo precisa levar ao ar os BBBs da vida, filmes quase-pornográficos de madrugada ou promover caça-níqueis como o ‘Criança Esperança’ para poder pagar suas dívidas. Já a Record, sem o mesmo tanto de dívidas, se aproveita dessa concorrência desleal, seu cartel dos dízimos, para fazer televisão igual se não melhor que a Globo. Por isso, vem minando gradualmente a concorrente.
Tal ação tem deixado os meios de comunicação do País de cabelos em pé, porque hoje a Record desbanca a Globo, amanhã jornais como o Estadão, a Folha e o Globo e, depois de amanhã, revistas como a Veja (Abril). Não é para deixar os magnatas da mídia enlouquecidos? Portanto, esta não é uma guerra de religiões, é do capital, que se engalfinha mais uma vez, como de praxe.
Abordagem analítica
A ciência autêntica já provou que a religião é um dos maiores cancros da humanidade. E que esse cancro tornou-se monstruoso mais recentemente, quando se transformou nesse comércio sujo que temos hoje, de gângsteres vestidos de cordeiro bilionários com as contribuições dos fiéis. Além de genocida de primeira grandeza, para fazer inveja a Hitler e a Stalin, a Igreja Católica, aliada da Globo, é estrela maior na prática desse gangsterismo.
Hoje, é uma das maiores proprietárias do Planeta. Ficou bilionária com as contribuições dos fiéis e com a indústria dos casamentos, batizados etc. Só que a Globo não pode mamar completamente e como gostaria nessas tetas e vê seu império ruir a cada dia, em razão da concorrência desleal da Record/Universal e similares, como a Renascer.
E pouco importa se a Record cresceu com a lavagem de dinheiro e o narcotráfico. O Brasil inteiro sabe como também cresceram veículos do porte da Globo e da Veja e a história que têm. Por isso, apoiar um dos lados nessa briga é ser, no mínimo, ingênuo e pateta. Principalmente aquele que apóia a Globo por ser católico ou a Record por ser fiel da Universal do Reino de Deus.
É fato já comprovado cientificamente, a religião não passa de opiácea eficaz para acalmar os ânimos e aplacar as revoltas contra as injustiças que pipocam todos os dias no planeta, as quais têm origem na vida regida pelo capital na qual estamos todos metidos. Injustiças que não são poucas. Ou seja, a religião é a porta-voz da tolerância e do conformismo à crueldade e às humilhações a que diariamente somos todos submetidos, a partir da prática do roubo em escala de força de trabalho que tanto marca e solidifica a vida capitalista e garante a acumulação.
O papel das religiões é justamente o de anestesiar a comunidade, de tal maneira que ela não se revolte contra essa violência e opressão a que somos submetidos todos os dias e as aceitemos parcimoniosamente. Tanto a Globo quanto a Record cumprem muito bem esse papel, de opiáceas extremamente eficazes, não só como veículos de comunicação, mas principalmente como propagadores das religiões católica, a Globo, e evangélica, a Universal.
E não são só ingênuos e patetas que caem nessa armadilha todos os dias. Jornalistas, políticos, artistas, intelectuais, cientistas e celebridades etc. --- bobinhos travestidos de sábios --- também se deixam enredar. E, embora alguns cães ladrem (geralmente, ateus), essa caravana sempre passa, seguindo seu caminho de destruição que já, já, poderá acabar com a vida no Planeta. Basta que fiquemos calados, como fazem até meu amigo de infância, o poeta Rui Werneck de Capistrano, e a maioria esmagadora dos humanos que nos cercam.
Se algo não for feito imediatamente para deter esse modo de produzir e de viver que temos hoje, regido pelo capital --- tão violento, devastador e predatório assim, a ponto de produzir as Globos da vida, protetoras do catolicismo, e as Records da vida, protetoras dos evangélicos ---, vamos assistir ao fim da humanidade mais cedo do que anda prevendo a ciência autêntica. Temos de fazer o impossível para evitar essa débâcle.