quarta-feira, 8 de maio de 2024
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
segunda-feira, 20 de julho de 2020
Leminski do Dia
quando me dão a mão
sempre deixam
outra coisa
presença
olhar
lembrança-calor
meus amigos
quando me dão
deixam na minha
a sua mão
domingo, 31 de maio de 2020
Leminski do Dia CFC
Hoje, 1º de agosto, em Curitiba, o céu amanheceu branco e verde. Os passarinhos só diziam: Lela, Lela, Rafael, Rafael. E no ar pairava um forte cheiro de pólvora de foguetes e pó-de-arroz. Nada mais me restava a não ser filosofar: "Não se pode ganhar sempre".
E, guiado por meu atrapalhado coração atleticano, fui até o mastro no meu jardim, onde tremula o pavilhão rubro-negro, e fiz descer a bandeira dos meus sonhos. E foi com um misto de pesar e júbilo que pus em seu lugar e hasteei as campeoníssimas cores do nosso arqueadversário, hoje, aqui e agora, para sempre, campeão brasileiro de 1985.
Um demônio (ou um anjo?) vestido de preto e vermelho (um Exu?) me sussurrava brabo com Tóbi na grande área do Bangu: “Teu time é tua pátria, traidor. Vendeste a lama por um escanteio, vira-casaca. Então, foi para isso que te demos tantas alegrias?”. Nesse momento, recebi um passe do Índio e, vendo que eu estava em campo livre pela esquerda, o demônio rubro-negro preferiu a falta, mas, antes que me atingisse, toquei a bola na perna dele, e foi lateral a meu favor. Foi isso, tudo isso. E muito mais.
Foi ver uma equipe coesa, coerente, bem orquestrada, enfrentar os faixas-pretas do futebol brasileiro, e sair na frente. Foi ver um time de um Estado de poucas glórias esportivas explodir no templo máximo do futebol brasileiro. Foi muito bom saber que futebol não é só coisa de Cariocas, paulistas, mineiro e gaúchos. E, se o título foi nosso, pode bem ser de pernambucanos, baianos, catarinenses e capixabas, de goianos e mato-grossenses, brancos, negros e mulatos queridos do meu Brasil, que escrevem com os pés a arte maior do meu país.
O futebol é o termômetro, a radiografia do Estado do Brasil.
Seria por acaso que, nestes tempos de insuportável dívida externa, nossos grandes craques estejam lá fora, na Europa, com os números que selam nossa dependência aos bancos estrangeiros? Não, com mil pênaltis, não. No Brasil, se o futebol vai bem, é sinal de que as coisas estão indo bem. Se o futebol vai mal, algo vai mal na terra de Pelé, Sócrates, Zico, Falcão, Cerezo e daquele reserva de ponta-esquerda do Náutico, do Ferroviário, dos Nenecas, Tatas, Paquitos, Muçuns e Evaristos, que fazem as alegrias dos nossos domingos.
Este título do Coritiba, de um time de tradição, mas interiorano, é um título da democracia, um título da Nova República, um título para todo mundo que só senta nas arquibancadas do Maracanã como crianças pobres em volta de uma grande fogueira esperando gritar gol, como quem espera que lhe joguem a alegria de um pedaço de pão.
Obrigado, Coritiba, por essa alegria. Você esteve à altura do teu destino.
quinta-feira, 28 de maio de 2020
terça-feira, 26 de maio de 2020
segunda-feira, 25 de maio de 2020
quinta-feira, 14 de maio de 2020
sexta-feira, 8 de maio de 2020
quinta-feira, 12 de março de 2020
segunda-feira, 9 de março de 2020
terça-feira, 3 de março de 2020
terça-feira, 7 de janeiro de 2020
quinta-feira, 14 de novembro de 2019
Leminski do Dia
milhares de poemas.
Que memória!
Lembrar, assim, vale a pena.
Vale a pena o desperdício,
Ulisses voltou de Tróia,
assim como Dante disse,
o céu não vale uma história.
um dia, o diabo veio
seduzir um doutor Fausto.
Byron era verdadeiro.
Fernando, pessoa, era falso.
Mallarmé era tão pálido,
mais parecia uma página.
Rimbaud se mandou pra África,
Hemingway de miragens.
Os livros sabem de tudo.
Já sabem deste dilema.
Só não sabem que, no fundo,
ler não passa de uma lenda.
terça-feira, 1 de outubro de 2019
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
segunda-feira, 1 de outubro de 2018
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
quarta-feira, 8 de agosto de 2018
Leminski do Dia
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS – NARRATIVAS ITINERANTES
Atividade com narrativas populares.
Com Fabiane de Cezaro.
Classificação: 5 anos
Horários: 09h, 10h30, 13h30 e 15h
Local: Casa da Leitura Paulo Leminski
Ingresso: Gratuito
23 DE AGOSTO (QUI)
RODA DE LEITURA – QUARENTA CLICS EM CURITIBA
Leitura de poemas de Paulo Leminski e fotografias de Jack Pires.
Com Leandro Toporowicz
Classificação: 14 anos
Horários: 10h e 15h
Local: Casa da Leitura Paulo Leminski
Ingresso: Gratuito
23 DE AGOSTO (QUI)
RODA DE LEITURA – GUERRA DENTRO DA GENTE
Leitura de alguns capítulos da única obra infanto-juvenil de Paulo Leminski.
Com Leandro Toporowicz.
Classificação: 14 anos
Horário: 14h
Local: Casa da Leitura Paulo Leminski
Ingresso: Gratuito
24 DE AGOSTO (SEX)
CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS – NARRATIVAS ITINERANTES
Atividade com narrativas populares.
Com Fabiane de Cezaro
Classificação: 5 anos
Horário: 09h
Local: Casa da Leitura Paulo Leminski
Ingresso: Gratuito
24 DE AGOSTO (SEX)
RODA DE LEITURA – GUERRA DENTRO DA GENTE: LEMINSKI, O POETA MÍSTICO
Durante a leitura da obra serão conduzidos alguns jogos de conexões simbólicas e interpretativas entre as cartas do Tarô de Marselha e alguns personagens do romance.
Com Danielle Campos
Classificação: 15 anos.
Horário: 14h
Local: Casa da Leitura Paulo Leminski
Ingresso: Gratuito
24 DE AGOSTO (SEX)
PROJETO: Cutucando a Inspiração – Performances e intervenções poeriféricas.
Vivenciar a poesia em suas diferentes dimensões, principalmente manter a tradição oral da poesia tanto popular como erudita, transformar a arte poética como motivo de apreciação e lazer num formato múltiplo e de várias linguagens, valorizando assim os poetas e escritores da periferia, juntamente com poetas de renome, cuja produção já é conhecida do público. Para difundir, valorizar, interagir e evidenciar o verso e a prosa no cenário artístico cultural de Curitiba, fugir de clichês convencionais usando outras formas de expressão, criando assim uma confraria de poetas/leitores espectadores. A cada edição uma temática. Nesta edição: Leminskiando.
Horário: 19h às 22h
Local: TUC
Ingresso: Gratuito