A prisão do deputado federal Glauber Braga e dos estudantes da UERJ durante um protesto contra o corte de benefícios aos estudantes mais pobres é um claro exemplo de como a repressão estatal é recurso frequente na política de governos ligados à extrema-direita, como este do Estado do Rio.
A tentativa de elitização e privatização da UERJ é parte de uma agenda bozista e neoliberal que visa enfraquecer as universidades públicas, não só por seu papel crucial no ensino e na pesquisa, mas também por seu compromisso com a inclusão social e a democratização do conhecimento. O corte de benefícios para estudantes mais vulneráveis atinge diretamente essa missão, e a mobilização dos estudantes e funcionários é uma resistência legítima e necessária contra esse retrocesso.
A repressão violenta, frequentemente vista em operações policiais nas periferias, parece ter se expandido para o campo da repressão política. Essa naturalização da violência do Estado não é apenas preocupante, mas perigosa, mina os alicerces da democracia e das liberdades civis.
Em um contexto democrático, as instituições deveriam garantir o direito de protesto e manifestação, e, ao mesmo tempo, responsabilizar abusos de poder cometidos por autoridades. A atuação independente do Judiciário e dos órgãos de fiscalização é essencial para assegurar que esses direitos sejam protegidos, e a pressão da sociedade é fundamental para que isso aconteça. O governador e o secretário de segurança, diante dessa escandalosa violência e repressão, deveriam estar sob investigação, com seus cargos em risco, ao invés de utilizarem o aparato estatal para reprimir quem luta por direitos.
A responsabilização dessas autoridades é crucial para impedir a consolidação de um estado de exceção, onde o abuso de poder se torne norma.
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