domingo, 28 de abril de 2024

DO HOMEM ETÉREO E SUA DOR ESTÉREO 
    (inspirado no simbolista Augusto dos Anjos)

Eu quero ver o homem emergir
Desse mar proceloso, de idéias anaeróbias 
Meras paranóias de mentes inerciáis 
Que vagam indiferentes pelos espaços sideráis 

Eu quero ver o homem navegar 
Um sonho que não pode soçobrar 
De liberdade, de vida, de estar, atuar 
Prisioneiro na masmorra de um castelo no ar 

Que se agiganta caótico na mente do psicótico
Para quem o homem não passa de fornecedor
De bioenergía, o que o torna guerreador 
Pois deixa de viver com o beijo do vampiro 

Destruindo-lhe o delírio com o último suspiro 
Por um sonho de vida o homem sempre transpira 
É a ação e reação que estão no papiro 
É a vida do homem que ao vampiro sugiro 

Por um sonho humano na minha vez eu transpiro 
Quero o pão, não quero o perdão 
Quero o pão, se és meu irmão 
Quero o pão na arte, na canção 

Quero o pão na minha ação 
Ou o sermão do safanão 
Contra a vampiragem, essa maldição 
Quero o pão que alimenta a nossa alma 

O amor no coração que nos acalma 
Quero ver a justiça com sua venda
Viva a dignidade que não está à venda 
Eu quero ver a sociedade 

Em crise de identidade 
Se analisar sem vaidade 
Nessa coisa da idade, encontrar a identidade 
Ter com o homem afinidade. 
     666 = DCLXVI algarismo romano ❤️ 🤘 
                    Pedro Nuñez Rolan 79

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