Detesto queimar camisa
Compra, aquela ansiedade até a chegada, alegria incontida
na primeira vestida e o batismo em dia de jogo.
Cada torcedor tem a sua idiossincrasia com elas e eu
prefiro ver uma partida do time com outra já testada pra evitar o mau agouro numa
recém chegada.
E não curto mudanças. Mas hoje não me aguentei e me dei
mal. Ela chegou ontem, uma semana antes do prazo (Viva os Correios!), hoje de
manhã já a vesti pra ir ao açougue buscar o assado e não tirei mais até encarar
o encardido Pato Branco que agora atende pelo nome de Azuris.
Jogo ruim e a nova Peita só não foi aposentada precocemente
porque o Léo Gamalho vingou a memória de Dirceu Kruger, cuja camisa homenageia
com as cores de sua estátua aquele mágico monumento que repousa em glórias à
frente do majestoso estádio Couto Pereira.
Pior que a camisa nem vestiu bem e cá entre nós o tamanho
acima de minhas já largas medidas não teve aquele bom caimento, parecido com a
atuação do time hoje. Vou guardá-la pra usar em ocasiões especiais como merece a
memória de quem a inspirou.
Vai Coritiba, vencer é teu destino.
Parabéns pelo texto! Não tenho dúvidas que ainda viverá muitas glórias com este manto dedicado ao nosso craque. Mas a estréia de camisas sempre foi motivo de precuação no nosso time.
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