segunda-feira, 29 de março de 2021

Os Mortadelas desmascaram esse povo do "Cansei"

 



Diante dos últimos acontecimentos, temos que reviver esse post.

Depois de ser cobrada pelo secretário de saúde da Bahia, Ivete Sangalo ontem (domingo) em seu Twitter tentou justificar o seu silêncio diante do genocídio: "Não gosto de politicagem. Isso já está claro para todos que me acompanham."

Ela claramente aposta na falta de memória do povo brasileiro, mas nós estamos aqui para refresca-la, pois, se for politicagem para atacar a esquerda, ela topa, né?

Em julho de 2007, Ivete Sangalo virou uma das estrelas do “movimento Cansei". Aproveitando-se oportunisticamente da tragédia da TAM (os familiares das vítimas reclamaram na época que não tiveram voz e denunciaram o movimento de oportunista), empresários, direitistas convictos e ricaços famosos, tendo à frente João Dória, tomaram a iniciativa para “condenar a desordem do governo federal”.

No ato de lançamento em São Paulo, a principal palavra de ordem foi o “Fora Lula”. Líderes da oposição tucana apoiaram o movimento. Ivete Sangalo, Hebe Camargo, Regina Duarte e Ana Maria Braga tiveram as suas imagens estampadas em cartazes e folhetos para atrair populares ao protesto.

Ivete ainda cantou o hino nacional na manifestação. O movimento foi comparado na época à Marcha da Família, que deu apoio ao golpe de 64. Mas, dessa vez, foi um fracasso total. Felizmente para o país.

Mas o curioso é que, hoje, justo quando o país vive um genocídio perpetrado pelo seu presidente e há uma ameaça real de uma ditadura fascista, a Ivete parece ter abandonado todo o seu ativismo político de outrora.

Abandonado? Bem, se formos mais atentos, perceberemos que o silêncio é uma posição política. Há ativismo na não ação. Afinal, quando algo ameaça o país e você escolhe não fazer nada, você, no mínimo, aceita o resultado, ou, pior, o deseja. Por isso, na real, o silêncio de Ivete Sangalo diz muito.

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