quarta-feira, 17 de outubro de 2018
Carta-manifesto de jornalistas e comunicadoras(es) do Paraná em defesa da Democracia
Nós, jornalistas e comunicadoras(es) abaixo-assinados, afirmamos, frente ao fascismo emergente e em diálogo com várias expressões da sociedade, que o cenário atual exige a defesa incansável e irrestrita da democracia.
No próximo dia 28 de outubro, a população deve retornar às urnas para decidir quem ocupará o mais alto cargo ao Executivo Federal. O que está em disputa não são duas legendas partidárias, como setores conservadores candidatos ao pleito deste ano e mídia privada buscam convencer. O que está em disputa é uma candidatura de respeito à institucionalidade e jogo democrático e outra que representa um retrocesso civilizatório e forte ameaça à vida da população, em especial de mulheres, população negra, LGBTI, indígenas, comunidades tradicionais e outros grupos sociais que ainda sofrem pelo não reconhecimento e garantia de direitos humanos.
A candidatura, a plataforma eleitoral e a carreira parlamentar do candidato Jair Bolsonaro (PSL) tem sido pautada na construção de mentiras, ausência do debate aberto e público sobre um projeto de país, incitação à violência a um conjunto de sujeitos, elogio ao autoritarismo e à tortura, negação da história do país, ameaças à impossibilidade de participação política (o “fim do ativismo”) e defesa de retirada de direitos democráticos, sociais, trabalhistas, individuais e coletivos. Ao contrário de pautar uma atuação voltada para a população, em especial àquela que necessita do apoio do Estado, Bolsonaro atua para favorecer grandes empresas, grupos religiosos conversadores e o mercado internacional.
Como comunicadoras(es) e jornalistas, pautados por uma obrigação ética de defesa da democracia e oposição ao autoritarismo e arbítrio, que nos opomos manifestamos nossa oposição à candidatura que significa não apenas uma ameaça concreta à liberdade de expressão, de manifestação, de pensamento e livre de imprensa, como também a institucionalização do autoritarismo como princípio da política. Sem entrar no mérito de avaliação das gestões petistas, a história recente mostra que o Partido dos Trabalhadores respeitou a decisão popular e a institucionalidade. É pelo debate no campo das ideias – e não da imposição da força e do medo – que defendemos que o país caminhe pelos próximos anos.
Pela liberdade de expressão, manifestação e direito à informação.
Pela defesa dos direitos humanos, sociais e políticos.
Em defesa da Democracia.
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