Lágrimas do começo ao fim.
Assim foi para mim a exposição.
Me Julguem!
Logo na entrada o imponente Painel com manuscritos do Artista já dava mostras do que viria pela frente. Confesso que quando vi o desenho de Eduardo e Monica os batimentos cardíacos já se alteram significativamente.
Uma Baita T na entrada fazia alusão à música Tédio com um T bem grande pra você é exatamente o oposto do que se encontraria pela frente naquilo que o curador André Sturm define como a maior exposição da história do MIS.
Letras inteiras como essa Clássica nos remetem às salas e mesas em que foram escritas, a atmosfera do lugar é propícia para uma nostalgia sem fim. Certamente não foi Tempo Perdido!!
Pra quem saiu do armário cedo numa era em que o proibir era mais que permitido um look fantástico de um ícone e de uma música muito importante para nós.
O grito em neon já tem mais de 30 anos e está tão atual que dá paúra em pensar em que estação pegamos o trem rumo ao atraso.
Na escada rumo ao segundo andar da exposição um painel de cartas de fãs nos traz à memória um tempo tão sublime quanto à carta do curitibano que desenhou uma charge em homenagem à banda no dia do aniversario de Renato Russo.
Essa missiva de uma então criança de 9 anos em 1988 me emocionou muito!
Do pedido de casamento para a irmã aos conselhos gastronômicos, Mônica elogia músicas, faz criticas literárias e nos faz emocionar com uma infância tão madura e singela dos anos 80. Mas será que ele comia Fígado?? Eu só obrigado.
Aqui o relato de sua precária condição de saúde quase ao final da vida nos faz lembrar como essa doença é cruel e o quanto precisamos nos precaver em tempos que a AIDS parece não causar mais Pânico como foi para outras gerações, porém ainda faz milhares de vítimas.
Essas mal traçadas linhas são um pequena homenagem a todos os amigos que comigo curtiram RR Há Tempos. Um beijo ao Dary Jr de Corumbá e ao inigualável Fernando Marco de Novo Hamburgo.
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