domingo, 6 de novembro de 2011

Luto!




Dia difícil para quem trabalha com notícia.
Estamos todos de luto pela morte do nosso colega
Gelson Domingos, durante a cobertura de um tiroteio no RJ. Até quando? Cadê a aposentadoria especial. Cadê os registros em carteira? Cadê o respeito por nossas vidas ?

Eis a íntegra da nota da Band:

"O Grupo Bandeirantes lamenta a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu.

Cinegrafista filmava ação do Bope momentos antes
de ser baleado (Foto: Reprodução TV Globo)
A Bandeirantes toma todas as precauções para garantir a segurança de seus jornalistas nas coberturas diárias no Estado do Rio, mas infelizmente, Gelson foi vítima da violência que atinge inocentes todos os dias no Brasil.
O funcionário estava de colete à prova de balas - modelo permitido pelas Forças Armadas - no momento em que foi baleado, mas foi atingido por um tiro de fuzil provavelmente disparado por um traficante. A bala atravessou o colete.
Gelson Domingos deixa 3 filhos, 2 netos e esposa. Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT e Record e sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia.
O Grupo Bandeirantes se solidariza com a família e está prestando toda a assistência.".

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) através do presidente Emanuel Soares Carneiro também lamentou a tragédia:
”A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão lamenta profundamente a morte do cinegrafista Gelson Domingos da Silva, da TV Bandeirantes, na manhã deste domingo, no Rio de Janeiro.
O profissional foi baleado no tórax quando participava da cobertura de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) contra o tráfico de drogas na Favela de Antares, na zona oeste da capital.
A entidade manifesta solidariedade aos familiares, colegas e amigos”.

Eis o que diz a presidente do sindicato dos jornalistas do RJ, Suzana Blass: "Isso do colete é uma maquiagem. Os coletes não oferecem segurança para o profissional porque não protegem contra os tiros de fuzil, a arma mais usada pelos bandidos e também pela polícia no Rio. E as emissoras só dão o colete porque a convenção coletiva de trabalho estabeleceu que o equipamento é obrigatório em coberturas de risco."



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