Dia difícil para quem trabalha com notícia.
Estamos todos de luto pela morte do nosso colega
Gelson Domingos, durante a cobertura de um tiroteio no RJ. Até quando? Cadê a aposentadoria especial. Cadê os registros em carteira? Cadê o respeito por nossas vidas ?
Eis a íntegra da nota da Band:
"O Grupo Bandeirantes lamenta a morte do seu funcionário Gelson Domingos, de 46 anos, na manhã deste domingo. O repórter cinematográfico foi atingido no peito em pleno exercício da sua profissão na cobertura de uma operação da polícia na favela de Antares, em Santa Cruz , na zona oeste do Rio. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento da região, mas não resistiu.
Cinegrafista filmava ação do Bope momentos antes
de ser baleado (Foto: Reprodução TV Globo)
A Bandeirantes toma todas as precauções para garantir a segurança de seus jornalistas nas coberturas diárias no Estado do Rio, mas infelizmente, Gelson foi vítima da violência que atinge inocentes todos os dias no Brasil.
O funcionário estava de colete à prova de balas - modelo permitido pelas Forças Armadas - no momento em que foi baleado, mas foi atingido por um tiro de fuzil provavelmente disparado por um traficante. A bala atravessou o colete.
Gelson Domingos deixa 3 filhos, 2 netos e esposa. Repórter cinematográfico da TV Bandeirantes, ele já trabalhou em outras emissoras como SBT e Record e sempre foi reconhecido pela experiência e cautela no trabalho que exercia.
O Grupo Bandeirantes se solidariza com a família e está prestando toda a assistência.".
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) através do presidente Emanuel Soares Carneiro também lamentou a tragédia:
”A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão lamenta profundamente a morte do cinegrafista Gelson Domingos da Silva, da TV Bandeirantes, na manhã deste domingo, no Rio de Janeiro.
O profissional foi baleado no tórax quando participava da cobertura de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) contra o tráfico de drogas na Favela de Antares, na zona oeste da capital.
A entidade manifesta solidariedade aos familiares, colegas e amigos”.
Eis o que diz a presidente do sindicato dos jornalistas do RJ, Suzana Blass: "Isso do colete é uma maquiagem. Os coletes não oferecem segurança para o profissional porque não protegem contra os tiros de fuzil, a arma mais usada pelos bandidos e também pela polícia no Rio. E as emissoras só dão o colete porque a convenção coletiva de trabalho estabeleceu que o equipamento é obrigatório em coberturas de risco."
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