sexta-feira, 7 de agosto de 2009


Sem fumo na Balada


Eis o depoimento de meu amigo e fumante Juliano Nunes sobre a primeira noite de balada com a lei que baniu o cigarro da balada.


Primeiro dia de balada com a lei antifumo em vigor. Problema: não podia fumar na balada, só fora dela. Solução: mudar a balada de lugar.

Simples. Bastava entrar no bar, pegar uma cerveja, entregar sua comanda e identidade para o segurança e sair para fumar na rua. A princípio, um porre. Aí fui vendo que muita gente (inclusive alguns não fumantes) estava tendo a mesma idéia que eu. Toda vez que eu saía para queimar um cigarrim, encontrava dezenas de pessoas - que tinham saído do bar, como eu - na rua, sentadas, de pé, bebendo, fumando, conversando, rindo, paquerando. Pronto: estava armada a verdadeira balada.

Em duas ou três saídas, o segurança já te chamava pelo nome, fazia uma piada qualquer e devolvia seus documentos. Legal, né? Pra tudo se dá um jeito.

Quero só ver a hora que um espertinho qualquer passar a perna nesse esquema. Qualquer babaca com uma identidade falsificada - que, convenhamos, não é nada difícil de fazer - vai entupir a comanda com comidas, bebidas, garrafas de vodka, whiskey, caipirinhas e afins, "sair para fumar", deixando a comanda e a "identidade" na mão do segurança, e sumir dali, deixando um belo preju para o estabelecimento.

Legal. Teremos trocado um crime por outro. A brecha está aí. Toma vantagem quem quiser, puder e não se incomodar com isso.

NB:

Eu não fumo.

Parei há um ano durante uma viagem pela Croácia.

Estou feliz.

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