Acabo de ver e rever o especial que o saudoso Gonzaguinha gravou pra Globo nos anos 80. Muito bom. Muita emoção. Ele era a pura catarse, na força da voz, da poesia política que formava e informava. Muita saudade. Lembro-me bem do dia que um trágico acidente de carro no norte do Paraná levou esse grande nome da música brasileira. Eu trabalhava numa bela loja de roupas do super shopping de Curitiba. Fazia cursinho de manhã e depois atravessava a rua para cumprir uma jornada até as 10 da noite. Me diverti muito. Ganhei um bom dinheirinho saí no dia em que saiu o resultado do Vestiba. Mas tenho saudades. Que equipe legal sob a batuta de Vera e depois Claudia. Paulão, Wilson, Ana Claudia da Barreirinha, Elaine e outros que só me vem à imagem e não o nome. No dia em que Gonzaguinha morreu (29 de abril 91)levei uma K7 e tocamos várias vezes em homenagem daquele que a partir de então virou uma eterna e gigantesca saudade. Imagino nesses dias em que temos um grande escândalo por dia o que ele não cantaria...
Especial
Olha a ficha técnica
Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior (01/05/1981) - O especial com Gonzaguinha, dirigido por Daniel Filho, foi marcado por um clima de grande emoção, conferido não só pelo desempenho do compositor como também pela participação dos convidados: o espetáculo, iniciado com Explode coração, de autoria do próprio Gonzaguinha, contou com Roberto Ribeiro, As Frenéticas, Simone e – ponto alto do show – Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, cantando ao lado do filho. - O cenário inicial reproduzia um casarão em ruínas, com grandes retratos dos convidados especiais emoldurando as paredes. Ao longo da apresentação, o painel de fundo era trocado, mostrando outras imagens. - O programa teve roteiro de Luiz Carlos Maciel, cenografia de Mário Monteiro e Raul Travassos, produção de José de Almeida, edição e assistência de direção de João Paulo de Carvalho, figurinos de Marília Carneiro, iluminação de Henrique Leiner, direção musical de Guto Graça Mello e direção de imagem de Maurício Nunes e João Paulo de Carvalho.
É para ter saudade
Bem que a RG poderia reeditar o formato da série de musicais com clássicas apresentações da fina flor da MPB.
Para aquele que não se lidera ou mesmo não sabia da existência desse programa eis um breve histórico da própria RG sobre os programas:
Musical gravado mensalmente no Teatro Fênix, no Rio de Janeiro, e transmitido na faixa de programação Sexta super nos anos 1980, Série grandes nomes tinha um clima de espetáculo ao vivo, com presença de platéia. Os programas eram batizados com os nomes completos dos artistas.
Os especiais eram realizados por uma equipe fixa, formada pelo iluminador Henrique Leiner, pelos cenógrafos Mário Monteiro e Raul Travassos, e por Emiliano Costa e Eugênio Carvalho, responsáveis pelo som. A partir de 1981, a produção passou a contar também com outros profissionais. - A boa repercussão no primeiro ano fez com que o programa se consolidasse como série no ano seguinte.
O primeiro programa de 1981, exibido em janeiro, mostrou os melhores momentos dos especiais produzidos em 1980 e ganhou o longo título de O nome dos grandes – Melhores momentos de Simone Bittencourt de Oliveira, Caetano Emanuel Viana Teles Veloso e Jorge Lima Duílio de Menezes, Abelim Maria da Cunha, Paulo César Batista de Faria, Jimmy Chambers, Gilberto Passos Gil Moreira, João Gilberto Prado Pereira de Oliveira, Elis Regina Carvalho Costa e Rita Lee Jones. - Após um novo ano de especiais inéditos, um dos últimos programas de 1981 foi Grandes nomes – Momentos inéditos, com trechos não exibidos anteriormente. Apresentado pelo ator Mário Lago, o especial foi editado por João Paulo de Carvalho e levado ao ar em 6 de novembro. - Depois de uma interrupção durante o ano de 1982, Série grandes nomes voltou à programação da Rede Globo em maio de 1983 sem manter sua periodicidade mensal. O primeiro programa dessa nova fase, com o cantor e compositor Djavan, chamou-se Um facho de luz. A série terminou em 1984. - Em 23 de agosto de 1985 foi apresentada, na Sexta super, uma seleção dos shows exibidos durante os anos de 1980 e 1981, com o título Melhores momentos dos grandes nomes.
Eu Apenas Queria Que Você Soubesse
Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé
Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte de novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida
Mandou bem de novo! Merecida a homenagem a este que, sem duvidas, foi e sempre será uma forte referencia da boa e velha MPB. Mesmo não tendo o estilo como um dos meus preferidos, é impossível passar desapercebido por maravilhas como SANGRANDO ou O QUE É O QUE É? “...Ah meu Deus! Eu sei, eu sei, que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita, é bonita, é bonita, e é bonita... ". Bom demais! Bjok! (MB).
ResponderExcluir