Cillo, Curitiba e Coritiba
Eis dois belos textos que meu bom Nivaldo de Cillo http://nivaldodecillo.blogspot.com/ postou em seu blog e que reproduzo aqui porque tem muito a ver com minhas raízes:
Estou trabalhando numa matéria que trata do centenário do Coritiba, o clube mais antigo do Paraná. Entre os inúmeros personagens para a matéria, tive o prazer de conhecer o ex-zagueiro Fedato.Ele atuou durante 19 anos no clube alvi-verde. Tenho suficiente para arrebanhar um recorde. Foi campeão estadual por 7 temporadas, a última em 1958.Na época, o futebol não era profissional e, por isso, ele trabalhava como contador. Essa atividade, que rendia mais dinheiro do que a carreira de atleta, impossibilitou que Fedato aceitasse convite para deixar Curitiba, mas teve inúmeras propostas. É um campeão. Lançou um livro sobre a carreira e tem muita história para contar. Um grande amigo que fiz pelo sul do Brasil.
A foto que você vê é do Trieste, um clube tradicional do Campeonato Suburbano de Curitiba e mostra a potencia do futebol amador da região. Este clube tradicional, com mais de 70 anos de história, firmou uma parceria recente com um grupo de empresários que está transformando o modo de agir e de pensar no futebol local.
O Trieste, hoje, já mantém 47 jogadores em grandes clubes do futebol do brasileiro e tem 2 deles atuando no exterior. Todos já estão profissionalizados, embora nas categorias menores, e brevemente estarão brilhando no mundo da bola. `Temos o futebol como investimento, queremos revelar jogadores e projetamos retorno do que aplicamos em cerca de 7 anos - já se passaram quatro`, contabiliza um dos investidores, Alexandre Stival, dono de uma empresa de alimentos em Curitiba.
No Trieste, os empresários investiram cerca de 10 milhões de reais. Para manter as categorias de base, berço do projeto, foram montadas quadras, academias de ginástica, complexo de natação. Com as mensalidades, eles conseguem recursos para aplicar nas categorias de base que custam cerca de 120 mil reais por mês. Atualmente, o clube lidera as principais competições do estado, deixando clubes como Coritiba e Atlético Paranaense, certos de que têm muito a aprender.
Hoje, as categorias de base do Trieste mantém 130 meninos numa área de 22 mil metros quadrados com toda a estrutura disponível. Alguns deles, ficam alojados no próprio clube, todos precisam de boas notas na escola para seguir sonhando com a carreira profissional. Bela iniciativa no mundo da bola. Futebol amador, só no nome.
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