quinta-feira, 30 de julho de 2009


Essa veio do bom e polêmico jornalista coxabranca como eu Tom Capri:


Felipe Massa já estava acabado para a
Fórmula 1 antes de Rubinho “pregar uma
peça” em sua viseira. O acidente deu apenas
uma reanimada em sua carreira e foi até
bom para ele. Agora, com a volta de
Schumacher, fica decretado para valer o
fim de Massa na F-1. É só uma questão de tempo.

Só mesmo milagre salva a carreira de Felipe Massa, que já chegou ao fim. Ela havia acabado antes mesmo desse acidente na Hungria, mais precisamente quando a Ferrari confirmou Alonso na equipe em 2010. Como milagres acontecem, ainda há esperança, mas não vejo muita luz no fim desse túnel. Acompanhe a explicação.
Massa teve de lutar duramente, com unhas e dentes, para derrubar seu companheiro de equipe Kimi Raikkonen e conquistar o posto de número um. Mas, assim que conquistou o posto dois anos após, já era tarde. A temporada deste ano começou com Massa finalmente como número um, porém com os carros da Ferrari lá embaixo. E nada mais sobrou para ele.
No momento em que as Ferraris começaram a melhorar, nas três últimas corridas, a equipe anunciou a contratação do europeu e espanhol Fernando Alonso para correr em 2010 (só os europeus têm vez hoje na F-1).



Pergunto: você acha que a escuderia vai manter Felipe como número um, tendo Alonso lá dentro? Você acha que um espanhol e europeu, ainda mais com a personalidade de Alonso, vai fechar contrato com a Ferrari aceitando ser o número dois? Difícil, né?
Está claro, portanto, que tão logo a Ferrari anunciou a contratação de Alonso, bem antes do acidente, a carreira de Massa chegou ao fim. Ainda mais agora que Schumacher irá substituí-lo por algumas semanas. Isto significa que o ano está quase perdido, que Massa não conseguirá muito em 2009. Uma ou duas vitórias no máximo, isto se Schumacher não voltar a tomar gosto pela coisa e não parar tão cedo, pois tem carro para tanto. É notório que a Ferrari tornou a ser equipe de ponta no Mundial.
Se Schumy tomar gosto e ficar na F-1, adivinhe quem vai tomar um chega para lá da Ferrari: Massa ou Alonso? Se Schumy parar e Massa voltar, adivinhe quanto tempo o piloto brasileiro precisará para voltar a ser o número um da Ferrari, com Alonso lá dentro? Como sou otimista, acho que Massa também conseguirá superar Alonso dentro da equipe, como fez com Raikkonen, mas precisará de no mínimo dez anos para alcançar o feito. Até lá, terá acabado seu prazo de validade na Fórmula 1. Não é, então, o fim da carreira dele?




O acidente na Hungria foi até bom para Massa, desde que não fiquem sequelas e que ele possa voltar a correr com o mesmo ímpeto e arrojo. A razão: o acidente despertou e exacerbou a porção maternal da Ferrari, que era estava adormecida, levando a equipe a se reapaixonar pelo filho que ela tanto desprezou nas temporadas de 2007 e 2008.
O remorso e a culpa fizeram com que Massa voltasse a ser amado dentro da Ferrari e com que a equipe venha a acolhê-lo de braços abertos no seu retorno, dando-lhe toda força e apoio, não tenho dúvida. Mas esse amor maternal vai durar pouco. A possibilidade de Schumy voltar a gostar da coisa e ficar na Ferrari anulará tudo isso. A confirmar-se esta hipótese de Schumy ficar e voltar a fazer sucesso, Massa talvez nem retorne às pistas, uma vez que a equipe obviamente dará preferência a Alonso e Schumacher. Estou errado?



Isso tudo, que não só é óbvio, mas também líquido e certo, demonstra cientificamente que Massa, a julgar pelos fatos, não tem mais futuro na F-1, vai depender de milagre. Tenha certeza de que nunca vamos ver nem ouvir ou ler isto na mídia esportiva, que é omissa por necessidade. E há mais que você nunca vai encontrar no noticiário.
Algo me diz, por exemplo, que a organização da Fórmula 1 deu uma mexida radical no Mundial quando percebeu que Jenson Button poderia conquistar o título deste ano cinco a seis corridas antes do final. Estou apenas especulando, neste momento, não há aqui nenhuma teoria da conspiração, apenas fatos concretos que me levaram a acreditar nisso.
Começa que, em meio à crise financeira atual, que quase levou a Fórmula 1 a fechar as portas no final de 2008 e já afastou equipes como a BMW, seria um desastre total para a categoria o Mundial acabar precocemente pelos pés de Button. Com certeza, a Fórmula 1 fecharia as portas, na melhor das hipóteses tomaria o maior prejuízo de sua história. É óbvio que a organização da categoria não correria esse risco nem deixaria isso acontecer, por uma questão de sobrevivência. Jogaria fora esse negócio milionário?


Assim é que a Fórmula 1 viu-se obrigada a repensar o campeonato e a fazer possivelmente um rearranjo para evitar que Button acabasse com a festa tão cedo.
Já reparou no que aconteceu depois da sexta vitória de Button nas sete primeiras corridas? Primeiro, tivemos a ascensão da Red Bull, ameaçando um pouco o sonho da Brawn de Button e Rubinho. Em seguida, tivemos a volta triunfal das duas gigantes, McLaren (com Hamilton) e da Ferrari (com Raikkonen - Massa certamente teria chegado em 1º, 2º ou 3º não fosse o acidente). Será que isso tudo aconteceu por mera coincidência? Terá sido porque estas equipes simplesmente melhoraram a ponto de ameaçar a Brawn? A Brawn ficar para trás assim tão de repente? Não é no mínimo suspeito?
Você já deve estar imaginando o que vem a seguir, no Mundial. Raciocine comigo. Se houve mesmo esse rearranjo para salvar a Fórmula 1, teremos o seguinte daqui para frente (ou mais ou menos isso), nas sete provas que faltam: mais uma vitória da McLaren, uma ou duas vitórias da Ferrari, a Red Bull também ganha mais uma ou duas, Alonso pode beliscar a sua (ser-lhe-á oferecida a mesma oportunidade a ele dada no GP da Hungria) e Rubinho conseguirá, como consolação, sua primeira vitória este ano.


No final, depois dessa encenação toda, que poderá rolar não exatamente assim, mas como algo muito parecido, a Brawn de Button ficará com o título “suadamente”, na penúltima ou última corrida. Se isso não acontecer dessa forma, reitero, vai ser com certeza perto disso, se realmente houve, devo frisar, essa armação que suspeito ter ocorrido na F-1.
Isto indica que a vitórias nos GPs serão distribuídas equanimente pelas equipes e todos terminarão a temporada felizes como nos finais das novelas da Globo. Até porque o público terá acreditado na farsa, como crê até hoje ser a Fórmula 1 uma competição séria. Ou seja, terá sido o maior happy end da história da categoria. Esperemos para ver.
Se tudo isso que prognostico de fato acontecer, ou se ocorrer algo parecido a isso, saberemos que, de fato, a organização da Fórmula 1 terá feito toda essa maracutaia para não morrer. Ou seja, saberemos que nós, os fãs, continuaremos sendo enganados.
O amante do automobilismo ainda não sabe que a F-1 é um claro jogo meio que de cartas marcadas, em que só ganha quem tem melhor carro e só chega a ser o piloto número um aquele que a equipe escolhe, não por ser o melhor, mas por ser quem mais garante a ela dividendos (na forma de patrocínio etc.). O brasileiro também ainda não sabe que, numa situação de risco como a atual, em que a Brawn podia conquistar o título cinco a seis corridas antes do final e enterrar o Cirquinho, a milionária Fórmula 1 faz qualquer negócio para sobreviver, até mesmo enterrar carreiras, como tem feito com Rubinho e Massa.



O mais triste de tudo isso é que Felipe Massa é, atualmente, o melhor piloto da Fórmula 1. É o que mais reúne qualidades, dentro da pista, para se tornar novo mito do automobilismo. Tem o arrojo e a coragem de Ayrton, é melhor que Schumacher e Alonso. Mas suas maiores chances ficaram para trás, quando a Ferrari apostou muito mais no companheiro de equipe dele, Kimi Raikkonen, nas temporadas de 2007 e 2008.
Só na temporada passada a equipe percebeu o erro, mas era tarde demais, não deu tempo para ele ganhar seu Mundial. E agora, como vimos, não há mais espaço para Massa na F-1 nem ele terá tempo para superar os novos obstáculos que estão por vir. Até porque brasileiro há muito tempo (desde a morte de Ayrton) não tem mais vez na Fórmula 1, pois tira muito público, principalmente das provas européias, e derruba a categoria.
Isto não é pessimismo, é realismo. E você, leitor, não imagina quanto torço para estar errado. Reitero, como milagres acontecem, ainda há esperança. Alonso, por exemplo, pode não ir para a Ferrari por uma razão qualquer. Schumacher também pode não se dar bem nesta sua volta. E os acontecimentos tomarem outro rumo. Entretanto, se der a lógica, fica decretado desde já o fim da carreira de Massa, lamentavelmente.

2 comentários:

  1. eu quero ver é um post deste tamanho pra falar do verdão na primeira colocação tendo 3 tecnicos diferentes...bom... e eu acho que o Massa ainda vai competir por mais uns 4 anos ou mais na F1 e sea ferrari tiver um carro competitivo em 2010 sera ele o campeão. Brandão

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  2. A verdade é que a Ferrari compra tudo e todos. No ano que vem vão armar pro Massa como armaram pro Rubinho esse ano(apesar de que Rubinho já nasceu com uma arapuca na buceta da mãe).
    Se não tivermos um Senna, me parece que seremos meros telespectadores da F1

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