A Feira Terça na Calixto
O glamour está no sábado, claro. É o dia em que a Praça se veste, se pinta e se transforma para receber povos e tribos. Todos a fim das relíquias, das tendências multiculturais que circundam a Feirinha da Benedito Calixto.
O glamour está no sábado, claro. É o dia em que a Praça se veste, se pinta e se transforma para receber povos e tribos. Todos a fim das relíquias, das tendências multiculturais que circundam a Feirinha da Benedito Calixto.
Mas há outra feira naquela praça. Com menos fama, mas de muita importância para quem vive por ali. A feira livre da Calixto de tudo tem um pouco: começa com o dueto mais famoso das feiras paulistanas: pastel e caldo de cana passando pela variedade e fartura das tradicionais feiras das grandes cidades.
Na descida, à frente da barraca das bananas, ficava a minha florista predileta. Mas ela não vai mais: se deu bem, acertou uma quina gorda da MegaSena e vazou. Sorte dela.
Voltando a feira, até a esquina com a rua Teodoro Sampaio existem 30 barraquinhas e as minhas favoritas são: a do Lori, fruteiro de prima qulaitê; Lorival de Araújo tem 40 anos mora na zona sul de São Paulo e é feirante há 20 aos. Só na BC está há 10, desde quando ela se fixou por ali. Boa gente, absolutamente rock n roll, ele me diz que ser feirante é seu trabalho e sua diversão: “Assim são os meus dias, falando com as pessoas, atendendo, sorrindo, brincando...
“Mas é um trabalho como outro qualquer”, garante.
“Mas é um trabalho como outro qualquer”, garante.
Continuando a descida, compro as verduras na banca do Duvido, a quem sempre desafio duvidando se acha mesmo um brócolis pequeno, o Tomatero Parmerense onde consigo aqueles italianos pouco ácidos, especial pros molhos e lá embaixo a canela em rama (pra ser usada na hora da fritura do peixe; a dica é deixar fervendo até depois do preparo do prato pois o cheiro da canela ajuda a tirar o da fritura. Mas não esqueça da água fervendo) e peixe. Ali encontro meu querido Alex, SangueBom, Freitas e as pescadas são as mais pedidas por mim. Alex Sandro Freitas é uma figuraça. Esse morador da zona leste de São Paulo, sempre de bom humor, esforça-se pelo bom atendimento. Há 10 anos na profissão, há um na BC, ele não reclama de acordar às 11 da noite todos os dias para começar outra jornada de trabalho: “É minha vida, gosto dela”, diz. “Isso aqui é tudo de bom”, diz apontando para as dezenas de barraquinhas coloridas cheias de alimento e vida que ficam no seu horizonte.
É esse o cardápio de hoje à noite. Pescada branca temperada no sal, limão, tomilho e alecrim. Fritarei o bicho após enrolá-lo na farinha de trigo. Arroz branco acompanhado de brócolis e milho verde. Já é.
A Feira, a outra, é de Terça na Calixto
Do Clube:
Receber um amigo em casa é sempre gratificante. Quando se trata de um grande amigo, daqueles gigantes mesmo, é sensacional. Ainda mais com o agravante da distância e do tempo que teimam em querer separar algo que foi juntado pelos bons ventos. Fhabyo Matesick estará entre nós hoje. A ele, e aos amigos da feira de terça, a homenagem deste post.
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